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Quando a primeira médica que procurei para o pré natal da minha filha me disse para me livrar dos meus gatos, eu não tive dúvidas do que precisava fazer: Saí do consultório e me livrei foi dela!
Passei minha gravidez inteira tendo exatamente o mesmo contato
que sempre tive com meus gatos, não os limitei a nada. Continuei dando a eles
os cuidados que sempre tive: Vacinas em dia, vermífugo, e a segurança de uma
vida APENAS DENTRO DE CASA, sem acesso à rua.
Depois que nossa bebê Aurora chegou, a rotina continuou a mesma.
Não mudamos quase nada, e aos poucos Aurora e os nossos 6 gatinhos foram se
conhecendo e criando seus próprios relacionamentos, que inclusive são
diferentes pra cada um. Ela sabe exatamente quem é quem e como pode interagir
com cada um deles, seus limites e suas preferências de carinho e brincadeiras.
E lá se foram 10 meses de Aurora com os gatos, convivendo
harmônicamente como os irmãos que de fato são.
E essa convivência tem sido tão incrível, que toda vez que
recebo uma mensagem (e olha que são muitas) de grávidas desesperadas e prestes
a se livrarem de seus gatos porque alguém mandou, tenho vontade de gritar: Olha
pra cá! Olha pra minha filha! Olha como ela é incrivelmente saudável, esperta,
maravilhosa!
E quer saber? Ela dorme e acorda com 6 gatos em volta dela. Ela
deita no mesmo lençol de onde eles acabaram de levantar e deixaram um punhado
de pelos.
Ela faz carinho neles com
a mesma mão que coloca em seguida na boca.
Eles dividem brinquedos, brincam de esconde esconde, apostam corrida pela casa e distribuem patadas de amor e de limite. Se misturam e se entendem como se fossem iguais.
Por que dizer que não são?
Aurora desenvolveu sua própria forma de cumprimentá-los: com
cabeçadinhas, da mesma forma que ela observou eles se cumprimentarem entre si.
Ela faz um som exclusivo apenas pra eles, uma forma de comunicação que
ela definiu como sendo a “língua dos gatos”. Ela não faz esse som pra mais nada
nem ninguém.
nem ninguém.
Aurora observou tanto os gatos andarem em 4 patas que logo começou a
engatinhar. Era incrível ver como ela olhava pro movimento das patas deles e
tentava fazer igual.
Com eles, Aurora aprende sobre limites, dia após dia. Ao passar as mãozinhas neles pra fazer carinho, ela precisou encontrar a suavidade exata que fizesse eles não se afastarem. No início, ela fechava as mãozinhas com força nos pelos e aos poucos foi percebendo a reação deles e foi adaptando o toque até que acertou. Hoje, vê-la alisando os gatinhos com uma delicadeza sem igual é uma das coisas mais emocionantes de se ver.
E falando em ver: as gargalhadas que ela dá ao avistá-los é um
dos sons mais deliciosos de se ouvir. É único. Aquela gargalhada, daquela
forma, ela só dá pra eles.
Agora, que começou a ver como os gatos comem nos potinhos de
ração, resolveu querer comer da mesma forma: leva a boca até a bandeja da
cadeirinha e pega os pedaços de comida, entre risadas.
Aurora é meio menina e meio gata.
Leia mais sobre a vida de gateiro em: blog.catclub.com.br
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